Espíritos Obscuros é um filme que tenta ser uma critica social inteligente, misturada com um terror sobre traumas. Porém ele acaba falhando miseravelmente em tudo que ele se propõe.
Dirigido pelo Scott Cooper (que é bem conhecido por fazer dramas), esse filme é lento, arrastado, e na trama de Espíritos Obscuros é situada em uma cidade mineradora do Oregon, e conhecemos o Frank (Scott Haze), pai de dois meninos, sendo um deles o nosso protagonista Lucas Weaver (Jeremy T. Thomas).
O Frank trabalhava escondido nas minas de carvão da cidade em um laboratório de metanfetamina. Nesse laboratório ele acabou sendo atacado por uma fera estranha, e consequentemente infectando por essa fera. Aos poucos ele foi ficando cheio de raiva, e com muita fome, e com isso o irmão do Lucas também ficou infectado, e o Frank pediu pro Lucas trancar os dois no sótão, e enquanto isso o Lucas ficou encarregado de levar carne pro pai e pro irmão.
Mas mesmo com duas feras no sótão, o Lucas continuou sendo um aluno presente na escola. As poucos a professora Julia Meadows (Keri Russell), acabou encontrando alguns desenhos perturbadores do Lucas e começou a investigar mais sobre a vida dele.
Por também ter sofrido abuso no passado a Julia se sentiu responsável pelo Lucas, e esse abuso a atormenta até hoje, e até fez ela se tornar alcoólatra. Mas sinceramente esses sub-traumas da Julia são bem descartáveis pra trama central. É até meio estranho ela ter voltado a viver na mesma casa que ela teve esse trauma do passado.
A Keri Russell consegue entregar uma personagem empática e relacionável. Ao lado do Jesse Plemons que interpreta o irmão da Julia, os dois entregam uma relação de irmão bem conturbada. Já o jovem Jeremy T. Thomas, vive o Lucas, mas ele é um ator sem carisma, que entrega um personagem bem sonolento. Eu nunca conseguia sentir intensidade nele.
É bem notável, que o Guillermo nem deve ter assistido o filme, posto que ele simplesmente colocou o Money e foi embora. Você até pode sentir que a intenção do diretor e dos roteiristas era boa, mas no final das contas eles fizeram um longa lento e raso.
O filme tenta trazer muitos conceitos, e muitas abordagens, e acaba não acertando em nenhuma delas. Por exemplo temos uma critica rápida ao crescimento de opióides naquela região, depois temos uma abordagem rápida dos traumas da Julia. Depois temos o trauma do Lucas sendo abordado, e depois temos uma abordagem insossa da incapacidade dos policias. Pra finalizar temos a abordagem da trama do Wendigo que traz uma critica ao meio ambiente. Porém nada disso consegue ser bem desenvolvido.
Por falar em trama central que era o Wendigo, aos poucos nós percebemos que a mitologia desse personagem é abordada em uma única cena rápida, com o Warren Stokes (Graham Greene). Um personagem indígena aleatório dizendo que essas criaturas são “espíritos ancestrais que estiveram aqui muito antes de nós e agora eles tão com raiva”. Essa simples frase já diz o quão superficial é mitologia do filme.
Esse é um tipo de longa que você divaga enquanto assiste, você nunca consegue tá 100% preso na tela. Já que além da história tediosa, a montagem do filme acaba sendo horrível.
Enfim eu foi sofrível assistir esse filme no cinema.
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