Enxame (Swarm), da Prime Vídeo leva o debate sobre o fanatismo a outro patamar e vemos a protagonista matando pessoa que falam mal da sua diva pop favorita.
A história segue a vida da Dre (Dominique Fishback), uma jovem que é obcecada pela cantora Na’jah, que é extremamente famosa e adorada por seus fãs. A Dre começa a perceber que algumas pessoas estão falando mal da Na’jah no twitter, e ela fica furiosa e começa a investigar essas pessoas, e ela se vê obrigada a proteger sua diva favorita de todos que não gostam dela, e pra proteger ela basicamente mata o hater.
A Na’jah é basicamente uma cópia da Beyonce, você nota isso não só por que a Na’jah exala a essência da Beyonce, mas também por que os próprios produtores da série falaram que se inspiraram nela, em acontecimentos da vida real pra criar a trama da série.
Porém eles abordam tudo como um retrato cômico e muitas vezes perturbador do fanatismo, da cultura dos stans, e acaba que a trama também se torna uma baita critica social ao que postamos na internet, e como as pessoas do outro lado da tela entendem nossos comentários, que as vezes pode ser passivo agressivo, as vezes pode ser irônico, e as vezes pode só ser ofensivo, mas no final das contas quem tá lendo pode entender de várias formas, e isso pode gerar consequências devastadoras.
O elenco de Swarm é excelente e a atuação de Dominique Fishback está especialmente impressionante como Dre, ela entrega tudo de sí pra viver essa fã obcecada e psicopata. Você nota que ela consegue balancear muito bem as diferentes facetas da personagem, desde o lado vulnerável até o lado mais cruel e implacável, ela consegue transmitir a complexidade da personagem, mostrando sua vulnerabilidade, carisma e, ao mesmo tempo, sua obsessão doentia. Enquanto a Chloe Bailey aparece pouco mas entrega muito carisma, e o resto do elenco recorrente acaba sendo importante pro desenrolar da história, mas acaba que os personagens secundários não são muito bem desenvolvidos.
A série possui uma direção elegante, com ângulos bem escolhidos que criar sempre um suspense a cada nova cena. Temos aqui uma fotografia cuidadosa que preza por ser mais conceitual trazendo uma pitada a mais de mistério pra série deixando ela com uma atmosfera sombria e tensa. A trilha sonora também merece destaque, com músicas originais que são sonoramente agradáveis.
Por ser um estudo de personagem a trama pode se tornar um pouco lenta pra algumas pessoas. Porém com o passar dos episódios você nota que a série é bem escrita e dirigida, e tudo tem um motivo pra acontecer. Já que o propósito da história é trazer uma reflexão sobre como as pessoas são capazes de se deixar levar pelas emoções e agir de forma irracional em nome de seus ídolos, e como essa devoção pode levar a consequências trágicas.
Entretanto a série deixa a desejar em criar alguma conexão emocional com os personagens fazendo assim a gente não ligar muito pras vítimas, e realmente só ficar fascinado pela jornada maluca da protagonista. Uma das poucas vítimas que nós ligamos está nos episódios finais. Alías segundo a própria showrunner essa série tem começo, meio e fim, e terá uma 2ªTemporada. A série foi idelizada pra ser minissérie.
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