Critica | Delírios do Passado (2018)

Delírios do Passado é um Thriller Psicológico, confuso e maluco, mas não é cansativo e mesmo com toda a loucura ele é um bom passa tempo.

Nos dias atuais a Blumhouse é uma das produtoras que mais produzem thrillers onde a maioria deles é conglomerado de péssimos filmes que ao mesmo tempo são bons. A produtora é responsável pelos elogiados longas, Uma Noite de Crime, Sobrenatural, A Morte te dá Parabéns e Corra!, mas nem sempre a produtora acerta e acaba entregando filmes como Verdade ou Desafio, O Garoto da Casa ao Lado e Amityville: O Despertar, que foram bem criticados pelo publico e pela critica, sabendo disso podemos concluir que nem sempre uma produtora acerta em suas produções. Já Delírios do Passado é um filme que anda no meio fio do ruim e do bom, assim como O Espelho outra produção da BH que foi bem criticada mas particularmente eu adorei.

Delírios do Passado foi vendido ao publico como um thriller psicológico alucinante, mas no máximo ele só é um bom filme de susto. Assim como outras produções da Blumhouse o filme tem uma baixo orçamento, uma unica locação e conta da maquiagem, ele é muito semelhante ao longa Stephanie, mas a grande diferença se faz por conta dos sustos que nesse filme são bem mais encaixados e funcionam melhor.

A premissa é simples, Tom Walker é um homem que por conta de acontecimentos drásticos, ficou mentalmente perturbado, e teve que se internado, então enquanto fica em prisão domiciliar na mansão de sua família morta, ele começa a ter visões e acha que a casa onde está aparentemente é assombrada. A todo momento ele diz “confie em seu cérebro, não nos olho.” a frase é dita constantemente enquanto ele vê o pai morte andando pela casa, ou quando vê sombras e ouve barulhos estranhos. Mas no decorrer da trama descobrirmos que não só a cabeça dele está maluca, como uma reviravolta estranha acontecerá, mostrando que o mostro não está em nossas mentes está no mundo real. 

Topher Grace de That’s 70 Show estrela o filme que dentre os 93 minutos de tela ele trabalha sozinho em 70 minutos. Patricia Clarkson fez uma pontinha no longa como a oficial de condicional de Tom ela realmente aparece 3 vezes e em nenhuma delas tem um destaque merecido. O resto do elenco não tem uma nome firmado e como quase nenhuma pessoa tem um destaque ou desenvolvimento nem vale o comentário.

A produção do filme não tem um trabalho muito árduo, já que a maioria dos cenários foram inalterados, e quando foram só jogaram vários papeis no chão, jogaram quadros no chão e mexeram nos móveis. Mas a maquiagem que aparecem em poucos minutos do filme, fazem um papel importante a trama que até então não foi bem conduzida e a mixagem de som ajudou a construir as cenas de tensão, onde o personagem/espectador dão um leve pulo, pois o trabalho da maquiagem e do som ajudados com uma boa direção de cena proporcionaram sustos reais.

Delírios do Passado (“Delirium”) teve uma premissa e chegando ao seu epilogo mostrou outra, mas em si o filme conseguiu ser mediano. Dirigido por Dennis Iliadis, que dirigiu o remake de A Última Casa à Esquerda conseguiu trabalhar o filme com muita veracidade, porem a produção não chegou a ser boa e acabou atrapalhando o trabalhado feito pelo diretor. Apresentando alguns sustos no expectador o filme não é um terror muito formulado, mas mesmo assim valeu como passa tempo.