Vagamente baseado no livro do John Green , Maureen Johnson e Lauren Myracle a comédia romântica Deixe A Neve Cair (Let It Snow), chegou a Netflix.
O filme segue alguns adolescentes de uma cidade pequena da América Central durante uma véspera de Natal agitada. No entanto, o filme perde grande parte das coisas apresentadas no livro, e se torna mais um filme autoral do que uma obra baseada.
O diretor Luke Snellin e os roteiristas Kay Cannon, Victoria Strouse e Laura Solon entrelaçam as várias histórias do livro, mas alteram drasticamente os principais pontos dos personagens, fazendo assim a trama, mudar até o nome de um deles, e a Waffle House local, onde grande parte do filme acontece, ter um novo nome como Waffle Town.
As vezes algumas histórias que tão nos livros não ficam tão bem na tela, ou talvez elas não tem tanto tempo pra serem desenvolvidas e pra não prejudicar a narrativa. Eles adaptam ela de uma uma forma mais rápida ou acabam deixando ela de lado.
Recentemente na série da HBO, His Dark Material, que vai adaptar o livro a Bússola de Ouro, logo no primeiro episódio eles pularam vários pontos da trama do livro e avançaram esse ponto! E isso me incomodou profundamente, mas a gente aceita e segue em frente.
Uma coisa interessante de Deixe a Neve Cair é que os roteiristas e o diretor entrelaçaram as várias histórias do livro, e claro alteraram detalhes da trama, mas no final das contas todos acabaram chegando ao mesmo lugar. Assim como aconteceu no filme, Nosso Último Verão.
O enredo mais divertido do filme foi o que envolveu a Odeya Rush (Dumplin), no filme ela vive uma garota maluca pelo namorado, que fica o filme inteiro a procura dele e isso faz ela ignorar as pessoas que realmente gostam e querem ela bem. O enredo dela é o mais desconexo de tudo, mas a interação que ela teve com a maluca do alumínio (foi bem divertida e foi a única parte que eu ri no filme.) Sendo que a Maluca do Alumínio é a narradora da história!
O enredo da Kiernan Shipka (O Mundo Sombrio de Sabrina) e o do Mitchell Hope (Descendentes 3) não recebeu muita história pra desenvolver! Foi uma história genérica sobre dois amigos de se infância, que se amam, mas que tem medo de falar um pro outro seus sentimentos. Os dois personagens têm coisas em comum, mas o filme impõe uma ligação amorosa, que é o amor pelo rock alternativo dos anos 80, e parece que algumas coisas que a equipe criativa do filme elaborou pra esses personagens foram, uma forma de tentar fazer os dois serem um casal modernos, eles tentaram dar uma nova roupagem pros dois.
Temos também a Liv Hewson de Santa Clarita Diet, como uma garçonete confiante que fica perturbada quando a líder de torcida que ela gosta chega no Waffle Town. Ela passa o filme inteiro tentando entender as intenções dessa paixonite dela. E por que essa paixonite fica ignorando ela na frente dos outros. É uma história meio complicada que se torna divertida.
Para finalizar, chegamos na última e mais cansativa história que envolveu a Isabela Merced (antiga Isabela Moner – a Nossa Dorinha A Aventureira) e o Shameik Moore os dois estão em uma trama onde ela é uma garota que tem a oportunidade de ir pra uma excelente faculdade, mas ela não quer deixar a mãe doente sozinha. Já ele vive um pop star que passa pela cidade por coincidência e conhece ela. Os dois vivem aquele romance de inverno que em menos de um dia tem seus altos em baixos. A cena em que os dois se conhece no trem foi a pior cena do filme… péssima! Nossa foi o clichê do século, aquela cena.
Enfim, o filme tem referência a Harry Potter, tem críticas sobre o uso excessivo do celular, tem uma mensagem sobre entrar em carro de estranhos e ser sequestrado. Tem Neves caído digitalmente e tem a D’Arcy Carden (JANET DE THE GOOD PLACE!).
Um filme natalino, que se torna esquecível pelo mal desenvolvimento dos personagens.
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