COWBOY BEBOP (L to R) JOHN CHO as SPIKE SPIEGEL, MUSTAFA SHAKIR as JET BLACK, DANIELLA PINEDA as FAYE VALENTINE and EIN in Cowboy Bebop Cr. GEOFFREY SHORT/NETFLIX © 2021
Então amigos, assisti o live-action ‘Cowboy Bebop’, da Netflix, e logo de cara eu já senti que essa série vai ser um divisor de águas pro público.
Pra quem não sabe ‘Cowboy Bebop‘ é baseada no anime de mesmo nome, que também tá disponível na Netflix, e antes de ver o live-action eu assisti alguns episódios do Anime pra ter uma base da história da série, e até que me divertido com a jornada dos protagonistas no Anime. Os episódios são curtinhos, e a narrativa fui bem. Então foi uma experiência legal.
Adorei o trio de protagonistas, eles tinham uma conexão interessante, assim como os do Anime. Porém a série da Netflix, acabou simplesmente sendo uma cópia exata do Anime, em vez de ser uma homenagem misturada com ideias originais, e com isso muitas coisas no live-action não funcionaram bem.
Eu aposto que se o showrunner tivesse só se inspirado no anime, as coisas fluiriam melhorem no live-action. Que tem 10 episódios de 40 até 60 minutos, enquanto o Anime tem episódios de no máximo 24 minutos. Essa duração do Anime fluía bem, tinha dinamismo e a cada episódio tínhamos uma jornada diferente.
Enquanto aqui na série os episódios são longos e tediosos, e tudo é tão bagunçado que a gente nem consegue ligar muito pra história pessoal dos personagens. A série até apresenta a missão deles, e foca no desenvolvimento de cada um. Mas a forma como o desenvolvimentos deles é posicionada aqui na série, é bem irregular.
Por exemplo o John Cho, tá interpretando perfeitamente o Spike, e ele sempre traz uma tiradas bem divertidas, porém o enredo dele vira e mexe plana em torno da Julia, a antiga amada dele que tá envolvida com um dos vilões, e esse enredo faz o Spike girar em uma espiral interminável, que não tem um bom desenrolar.
Enquanto o Mustafa Shakir faz com que o Jet seja um bom contraponto pro Spike, e ele também ganha sua história de fundo, que envolve sua filha, e com certeza a personalidade dele se destaca em relação ao Anime. Sendo que além deles temos também a Faye, vivida sarcasticamente pela Daniella Pineda, essa personagem aumenta o nível de doideira da série, e quando o super inteligente e fofo Corgi aparece, as coiaas ficam ainda mais insanas e avoadas.
O Live-action deixa de lado a característica mais importante do Anime que é no caso a jornada dos caçadores de recompensa. Além disso a aventura que os personagem vivem é até que divertida, mas sinceramente eu não consegui terminar a série. Os episódios eram muito insossos, e quando eu cheguei na metade da série, eu só me questionava… meu deus… isso nunca melhora.
A série até tentou ser dinâmica ao intercalar, ação com piadas. Porém ainda assim ela não conseguia me cativar, a trama dos personagens era muito caricata, fazendo assim tudo parecer artificial. Os atores até pareciam marionetes, já que o roteiro era tão maluco que eles muitas vezes não imergiam nos personagens.
Durante a série eu ficava a todo momento tentando olhar o lado positivo dela, como por exemplo a identidade visual, a caracterização dos personagens, a ambientação, a trilha sonora. Eu olhava toda a parte técnica, e falava UAU. Porém eu também tinha que olhar a parte narrativa, e nunca acontecia nada que me conectasse com a história.
Eu não diria que a série é um desastre! Longe disso, ela provavelmente vai encontrar um público fiel. Entretanto, é uma série que tinha muito conceito, mas teve pouca execução. Faltou brilho, Faltou coração, Faltou harmonia, pra essa série ser boa. Ela no geral é uma série divisora de águas.
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