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Critica | Convite Maldito (2022) – Um bom passatempo, com um último ato frenético

Mais um filme de terror está entre nós. Mas será que Convite Maldito é ruim como todos estão dizendo?

Eu não assisti o trailer do filme. Não vi nada sobre ele. A não ser um pequeno teaser, que não entregou muito da trama, e eu digo isso por que ví que muitas pessoas estavam frustradas com esse filme. Me falaram que ele prometeu algo no trailer e não entregou isso no filme. Depois fui assistir o trailer, e ele realmente promete um terror assustador, mas não temos isso aqui.

Se você não assistiu o trailer não vou estragar sua experiencia te falando sobre a tema do filme. Quero que você tenha a mesma sensação que eu tive assistindo.

Pra falar o mínimo, a nossa protagonista Evie é uma novaiorquina que perdeu a mãe recentemente, e tava trabalhando como garçonete em um evento de uma daquelas empresas de DNA que encontram parentes distantes. Ela faz um teste dessa empresa, e encontrou um primo distante, Oliver Alexander (Hugh Skinner), que a convidou para um casamento na Inglaterra, e sua amiga Grace ( Courtney Taylor ) até faz pra ela não confiar em brancos ricos, mas ela cai no golpe e fica em uma mansão luxuosa que esconde uns segredos terríveis, e a medida que o filme avança a Evie vai caindo no papinho do sensual dono da mansão o Walter DeVille, e o romance da garota pobre, com o inglês rico se torna algo maior do que ela imaginava.

Eu senti que esse é um filme gótico que entrega o prometido. Óbvio que o roteiro nunca atinge o ápice que ele era capaz de atingir. Porém ele entregou algo bem contido que até me prendeu. A escrita do filme, e a direção dele lembram muito Casamento Sangrento, que é 100 vezes mais bem construído, e bem desenvolvido. Mas ainda assim temos um mistério bem gostosinho de ser acompanhado, já que a diretora sempre intercala o suspense com cenas divertidas de outros personagens.

Se você tá esperando um filme de terror assustador você não encontrará isso aqui.

Então temos a típica mulher maldosa, a típica jovem bobinha, o típico mordomo capacho. O típico romance entre os protagonistas, que só funciona bem graças aos dois personagens principais que são bem escritos, e eles também tem uma boa química. Sendo que a Nathalie Emmanuel trouxe uma acidez sempre bem vinda pra Evie, e o Thomas Doherty trouxe um charme e uma ternura boa pro DeVille, e um olhar sedutor que é basicamente uma das melhores coisas desse personagem.

A diretora tá mais focada em desenvolver a história da família Alexander e o romance da Evie do que o terror. Além disso quanto tem cenas de terror elas são geralmente protagonizadas pelas empregadas daquela mansão. São cenas bem bobinhas e nada assustadoras, mas são cenas que no final acabam tendo uma explicação.

Esse filme é bem clichê pra falar a verdade. Ele não é nada inovador.

O filme perde oportunidades ótimas de se aprofundar ainda mais nos antagonistas, e claro a violência nunca é tão violenta. Mas os figurinos impecáveis, a paleta de cores chamativa, a ambientação assustadora, e também as metáforas adicionadas durante a trama. Tudo isso prepara o terreno pra um final rápido e enérgico, que não foi perfeito, mas ainda me convenceu que esse filme é uma farofinha gostosa. É o tipo de filme ruim que vale a pena ver em casa, se você tiver com tempo.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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