Prontos ou Não lá vou eu é aquela típica frase que falamos quando vamos brincar de esconde esconde, porém em Ready Or Not – Casamento Sangrento as coisas fogem um pouco do controle.
A Fox Searchlight é muito conhecida por seus filmes alternativos e mais focados em um púbico seleto. Porém esse filme é tão fantástico que o ritmo que ele conduz a história faz com que ele se torne um excelente suspense repleto de drama e as vezes comédia.
O filme então mostra uma perseguição frenética pelos corredores de uma assustadora mansão e os inteligentes Tyler Gillett e Matt Bettinelli-Olpin (V / H / S), misturam brincadeiras de jogos de investigação, com muita diversão e excelentes pitadas de drama.
A Grace (Samara Weaving), é uma mulher que foi criada em lares adotivos. Ela está se casando com o Alex (Mark O’Brien) em uma comemoração com a família rica dele, os Le Domas. A fortuna deles foi feita por conta de jogos de tabuleiro. Na noite de núpcias, ela precisa participar de um ritual bizarro, que acontece toda vez que alguém novo se junta à família. O ritual é tipo você participar de um jogo a meia-noite, esse jogo é escolhido mecanicamente por uma caixa antiga assustadora.
A Grace então achando que seria uma noite de jogos normal, acaba recebendo a carta de ‘esconde-esconde’. O que ela não percebe que será um esconde esconde moral, e ela então é presa na casa com resto da família, que agora quer caçar e matar ela até o nascer do sol. Se eles não matarem ela segundo a tradição algo de ruim vai acontecer com toda a família.
Com apenas 95 minutos, Gillett e Bettinelli-Olpin usam e abusam do medo da Grace para transformarem ela em uma personagem forte. Sendo que o humor negro e as tiradas inteligentes do roteiro, fazem que algumas burradas sirvam de alivio cômico para esse filme que na maioria das vezes é tenebroso.
Não é surpresa que a Grace é o centro desse filme, mas ainda assim o resto da família consegue muito bem mostrar seu egocentrismo e seus problemas durante o filme. O patriarca frenético (Henry Czerny), a matriarca severa (Andie MacDowell) e a tia maldosa ( Nicky Guadagni).
Além disso temos os filhos, o Adam Brody é o coração mole que as vezes comete erros. O Kristian Bruun é o irmão bobão. Enquanto a Melanie Scrofano é a irmã hilária e que se faz de coitada. Todos são igualmente ricos e mimados, e mostram que a família é unida unicamente pelo patrimônio liquido. Além disso temos os cunhados que servem só como artificio para mais carnificina.
Porém a Weaving faz com que o público, sinta sua angustia e aceite a alma selvagem que ela expressa em um certo ponto do filme. Ela também consegue mostrar pelo olhar dela como o poder e os privilégios de uma família rica pervertem os pensamentos que eles tem sobre as outras pessoas.
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Comentários
Intenso, sangrento, mas com um tom satírico.