Já pensou se Game of Thrones, contivesse fadas ou um investigador que mais parece um piratada (do caribe), isso resume o que esperar de Carnival Row.
O thriller de fantasia da Amazon que conta com Orlando Bloom e Cara Delevingne no elenco, segue esses dois, formando um casal de amantes improvável e a temática que abrange diversos contextos atuais, como xenofobia, investigação, imigrantes e diversas espécias tentando coexistir com os seres humanos é o grande palco para discutições, que na maioria das vezes acaba em sexo… muito sexo.
Jeff Bezos, parece estar confiante, com essa nova aposta, do seu serviço de streaming, sendo que antes mesmo da estreia ele já renovou a série – sinto que ele sinta que essa pode ser a GOT da Prime Vídeo – sem desmerecer essa primeira temporada, ela teve um ritmo arrastado, mas ainda assim a mitologia da série tem chances de crescer e ser mais dinâmica na segunda temporada.
Com a típica narração onisciente, aprendemos sobre o que a série vai falar durante os episódios, mas ainda assim as fae (pessoas fadas) que passaram anos defendendo sua terra natal dos homem, que procuravam controlá-lo também ajudam a criar essa mitologia e passar a essência e analogia. A guerra então está acabada e os refugiados fae – fugindo da perseguição brutal de um grupo sombrio chamado Pacto – estão entrando em Burgue, uma cidade vitoriana, parecida com Londres, mas com pessoas por assim dizer diferentes “pessoas-cabra”.
Mas então uma série de ataques começa a aumentar contra os refugiados que estão sendo deixados a deriva, de uma investigação, lenta e tortuosa, comandada pelo inspetor Rycroft “Philo” Philostrate (Bloom), para encontrar o monstro que mata os não humanos, antes dele atacar novamente. Philo é um herói pensativo e lerdo, com um segredos, que envolve a fae Vignette (Delevingne), que é perdidamente apaixonada por ele, mas ela vive como uma escrava, que só sofre na mão dos seres humanos. Porém ela acham que o Philo, morreu na guerra, dai em um certo momento ela descobre que ele está vivo, e fica irritada, mas tudo se resolve facilmente com sexo.
É tipo um X-Men 2, onde os mutantes estavam sendo caçados pelo governo. Mas ao mesmo tempo tem a nudez necessária pra ser um Game of Thrones, e ainda assim aborda um conceito vivido pelos imigrardes que estão nos Estados Unidos se escondendo do Trump. René Echevarria ( The 4400 ) e Travis Beacham ( Circulo de Fogo ), criaram a série, que consegue abordar temas atuais, ao mesmo tempo que os aborda em outra época, em um lugar distópico e diferente.
Muitas linhas de roteiro, são bobas e as vezes até simplista demais, e isso pode te irritar em certas frases. Mas a magia da história e o desenvolvimento da mitologia, ao redor dos seres misticos, é a parte mais interessante dessa série, sendo que temos até um Orgulho e Preconceito adaptado, na mitologia da série, com a”dona” da Vignette, Imogen Spurnrose (Tazmin Merchant), que é uma mulher arrogante e petulante, que acaba se apaixonando pela pessoa que ela menos gostava,um homem-cabra da casa ao lado.
A antiga Game of Thrones, Indira Varma, tem um papel mais recorrente, porém que tem um destaque inegável ao lado do político ( Jared Harris ), na mitologia complexa, da série, e o que pode fazer o público abandonar ou continuar, na produção é a peculiaridade, dela que não tem graça e não satiriza nada, ela simplesmente é um drama de época, que cria uma mitologia próprias, se embasando nos atuais acontecimentos e nos antigos conhecimentos da nossa real realidade.
O final da temporada, é claro que deixou um gancho para uma nova temporada, partir do ponto [SPOILER] que eu não vou falar pra você… mais saiba que é uma série promissora com uma temporada, de estreia extremamente linda visualmente, mas cansativa, no contexto de roteiro, e entrosamento dos personagens (que mais fazem sexo, do que atuam).
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