Brightburn: O Filho Das Trevas me deixou com uma sensação de que eu já havia assistido esse filme anteriormente.
Ultimamente tenho percebido uma quantidade imensa de filmes e séries com crianças do mal ou que envolvam crianças na equação. Como por exemplo os mais recentes – Maligno e Cemitério Maldito – dois filmes que foram bem produzidos e me divertiram na medida do possível. Claro antes desse dois, tivemos Annabelle 2: A Criação do Mal e Ouija: A Origem do Mal, outros dois filmes com criancinhas boas que se toram ruins.
Eis que então a Sony Pictures traz Brightburn: Filho das Trevas, que segue o até então doce Brandon (Jackson A. Dunn), um garoto que foi acolhido por um casal de fazendeiros vividos por Elizabeth Banks e David Denman, enquanto ainda era um bebê depois de ser encontrado em uma nave estranha. Quando está beirando seus 12 anos de idade, ele começa a demostrar um comportamento anormal, como por exemplo uma força sobre humana, andar mais rápido que uma bala e raios laser pelos olhos. Então sua mãe Tori (Banks), se recusa a acreditar que seu pequeno Brandon Brayer possa ser ruim. Mas em um certo momento ela vê sua ruindade em seu olhar brilhante e vermelho, porém já é tarde demais. Ele começa a se tornar violento, desafiador, manipulador e um homicida, muito bem qualificado, até por que ele mata e encobre seus rastros. Enquanto pratica suas atividades mórbidas ele veste seu traje vermelho que acentua seu brilhante olhar e sua ruindade.
A premissa em questão criada por David Yarovesky, dispõe de um divertimento genérico em alguns momentos, e com o nome de James Gunn (Guardiões das Galaxias) no material de divulgação e nos créditos finais como um dos produtores do filme, o longa consegue se auto promover ao mesmo tempo, que entrega uma ideia diferente. Mas a ficção científica do filme e suspense, criado por trás das cenas sangrentas e assustadores, não sustentam a história previsível. Brightburn é um pouco cansativo, até por que nesses mesmo ano, esse já é o terceiro filme com uma criança boazinha que se tornam do mal. O filme apresenta uma boa ideia, e foi vendido muito bem como um longa do Superman do mal! Mas a história é mal desenvolvida e isso acarreta em poucas explicações.
Banks e Denman, realmente passar uma sensação que estão em um filme. Mas Yarovesky parece desinteressando em suas atores, e ele começa a nos forçar acreditar na ruindade de Brandon. Porém essa ruindade se torna desinteressante quando ele começa a só mostrar seu lado ruim sem desenvolver os motivos disso. Ele basicamente é uma criança mimada, que quando não tem o que quer mata a pessoa responsável. Em alguns momentos eu me senti comparando esse filme com ‘A Tara Maldita – tanto o remake de 2019, quando o original de 1956‘ e até que em algumas cenas essa comparação funciona, mas realmente essa vingança é falha. Mas eu não tiro o mérito do pequeno e assustador Dunn ele conseguiu entregar o melhor pior vilão que vocês podiam esperar.
Assim como eu não tiro o mérito do Gunn de tornar o filme visceral, nas cenas com sangue e partes do corpo expostas, onde todas foram bem usadas, diferente do longa Hellboy que tentei usar as cenas bem e ficou grotesco. O filme não foi o que eu espera, eu tinha uma ideia onde eles iriam contar de onde ele veio, e desenvolver melhor o surgimento do seus poderes. Mas nada disso ocorreu e sabendo disso, os créditos finais entregam uma sequência para talvez uma possível continuação, onde o que mencionei acima possa ser explicado.
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