Preparem os lencinhos, por que “Barbie” vai te emocionar. A combinação de humor, emoção e reflexão é o que torna esse filme uma verdadeira experiencia cinematográfica.
A primeira coisa que tenho que dizer é que desde o início, fica claro que o filme não se leva a sério, e é justamente essa abordagem descontraída e bem-humorada que o torna tão cativante. A trama gira em torno da “Barbie Esteriotipada” (Margot Robbie), essa boneca começa a dar defeitos e, acaba sendo aconselhada pela “Barbie Estranha”, a ir pro mundo real pra redescobrir sua verdadeira essência, e tentar se concertar. Esse é o ponto de partida para uma emocionante reflexão sobre a importância de ser autêntico e aceitar a si mesmo.
Mas não para por aí! O filme também ousa abordar as questões do patriarcado no mundo real, trazendo uma mensagem poderosa sobre o empoderamento feminino. De forma magistral, a história entrelaça metáforas sobre como as bonecas moldam a infância das mulheres, mas como o mundo real pode influenciar em quem elas devem ser.
Dirigido pela talentosa Greta Gerwig, conhecida por obras como “Lady Bird” e “Adoraveis Mulheres”, ela merece todos os elogios por conduzir a trama com maestria. Ela soube equilibrar com perfeição as problemáticas enfrentadas pelas bonecas com um ritmo acelerado e divertido. As piadas ácidas e bem-humoradas se casam perfeitamente com a profundidade da história, mostrando que a parte lúdica do filme entorno da barbielandia é mais uma metáfora sobre um mundo perfeito que não existe, e essa mentáfora pode ser encarada como uma “bobeira” por alguns, porém isso é algo totalmente proposital que o filme deixa claro desde o primeiro momento.
Tudo aqui no filme cria uma experiência imersiva e deslumbrante, sendo que a trilha sonora é envolvente, e ela adiciona uma dimensão especial ao enredo. Você vai ficar fascinado pelas cenas de dança, e pelas cena da música da Billie Elish que é o momento mais emocionante do filme.
Mas calma que o filme também vai te fazer rir, já que temos piadas simplesmente geniais com barbies descontinuadas como a Midge. Com a aparição do John Cena como um tritão. Também temos o Michael Cena vivendo o pobrezinho do Allan o amigo do Ken que vive deslocado na barbielandia, e claro temos até um Sugar Daddy aqui no filme. Isso sem contar as diversas referências que o filme nos reserva, com piadinhas ótimas. Inclusive uma que trás uma alusão a “Liga da Justiça Snyder Cut” e ao Poderoso Chefão, e até a logo da “Warner Bros Discovery” ganha destaque aqui.
Já o elenco é simplesmente espetacular! Margot Robbie como a “Barbie Esteriotipada” é a alma e o coração do filme. Sua interpretação cativante nos faz torcer por essa icônica personagem desde o primeiro momento. Ao seu lado, Ryan Gosling dá vida a um “Ken” desmiolado que vive para ser notado por Barbie, mas que também enfrenta a jornada de encontrar seu propósito.
Porém, uma das grandes surpresas é a atuação de América Ferrera, que interpreta uma humana presa em sua vida atual, e á medida que se conecta com a Barbie de Margot Robbie, ela passa por uma transformação profunda e revela um monólogo emocionante e empoderador, que se torna uma das cenas mais marcantes do filme.
Barbie entrega uma divertida aventura que vai cativar o público, do início ao fim. Ele nos leva a uma incrível jornada que nos deixa encantados e ansiosos por mais. Uma das maiores qualidades do filme está nas atuações inspiradoras de todo o elenco, que abraçam seus papéis com paixão e energia. Suas performances elevam o filme a um nível impressionante, e espero que a America, a Margot e o Ryan sejam indicados ao Oscar por suas atuações.
A autoconsciência e o senso de humor atrevido adicionam profundidade intelectual ao filme, tornando-o ainda mais envolvente. Eu gostei que esse é um filme para todas as idades. Mas é incrível que ele vai tocar mais os adultos principalmente as mulheres, do que vai tocar os mais jovens.
Claro como em qualquer produção, algumas pessoas podem tentar problematizar o filme. Alguns dirão que é feminista demais, outros que é bobo demais ou até mesmo que é adulto demais. Porém, independente das opiniões, todos devem reconhecer que “Barbie” é, indiscutivelmente, um filmaço! Agora é sua vez, deixem nos comentários o que acharam do filme e se identificaram com as reflexões apresentadas.
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