Bad Boys Para Sempre é um longa que traz o que essência dos filmes anteriores e consegue mostrar uma energia única.
A franquia que começou lá nos anos 90, e já teve uma sequência retornou em 2020 com seus personagens veteranos e funcionou perfeitamente bem. Will Smith e Martin Lawrence trazem um frescor, que eles não conseguiriam trazer no passado e isso é muito bom para essa nova fase – que talvez tenha uma nova franquia.
Bad Boys de 1995, se tornou um sucesso por conta da forma que a dupla de policiais resolvia os casos e além disso mostrou uma amizade sem igual dos dois. Produzido por Don Simpson e Jerry Bruckheimer, foi o filme que o Michael Bay fez sua estreia como diretor, e em 2004 ele retornou para dar vida ao – longo – Bad Boys 2 (também dirigida por ele), porém esse segundo filme foi um filme extremamente desnecessário
Nesse novo filme os detetives de narcóticos de Miami Mike Lowrey (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence) são policiais experientes que estão a ponto de se aposentar, mas antes disso eles estão aproveitando seus últimos dias como os bad boy. Dirigido por Adil El Arbi e Bilall Fallah, e marcando um total de 17 anos desde “Bad Boys 2”, esse novo filme você sente uma energia contagiante dos personagens, que agora se veem em meio de um novo caso, que na verdade está ligado ao passado deles.
O filme traz uma dose convencional de Thriller policiais, e também consegue unir isso com um drama comovente e uma comédia perspicaz.
A narrativa traz um cartel de drogas mexicano como a ambientação onde o vilão passa a maior parte do tempo, e esse cartel é o que junta novamente o Mike e Marcus, que durante a primeira parte do filme se mostram um pouco distantes um do outro – em relação a continuar a trabalhar ou se aposentar e descaçar.
A Isabel (Kate del Castillo), é a esposa de traficante mexicano que o Mike prendeu anos atrás, e seu filho Armando (Jacob Scipio) é um cara que busca vingança pelo seu pai. Os dois se unem para acabar com o Mike e todos que estavam envolvidos na prisão dele. Scipio é um bom ator que tem uma expressão fria e cruel em seu rosto, mas ao mesmo tempo consegue transpor a dor interna que ele constantemente sente. O desenvolvimento dos vilões é um ponto interessante do filme que mostra como o longa não só focou nos protagonistas mas também deu espaço para outros personagens se desenvolverem.
Esse desenvolvimento dá ao filme em alguns momentos uma sensação de surpresa, essa sensação é sentida não só pelo Mike, como também pelo Marcus que depois de muita insistência sai da sua aposentadoria e volta para o jogo. Os dois se unem a um esquadrão tático especial conhecido como AMMO, liderado pela antiga paixonite do Mike, Rita (Paola Núñez). Essa é uma patrulha nova e formada apenas por jovens, Charles Melton, Vanessa Hudgens e Alexander Ludwig todos são incrivelmente sagazes em seus pequenos e divertidos momentos no filme.
Will Smith e Martin Lawrence sempre formaram uma boa dupla e isso é replicado nesse filme.
No geral a narrativa não é nova, porém ainda assim é divertida e cativante. O público vai adorar rever esses dois dentro de um carro ou em uma moto em alta velocidade perseguindo caras maus. O clímax do filme é forte e preciso e continue até o final, pois tem uma cena pós crédito.