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Critica | As Panteras (2019) é tudo aquilo que você esperava e um pouco mais.

A sequência/revival de As Panteras é tudo aquilo que você esperava e um pouco mais.

Dirigido, produzido e estrelado pela Elizabeth Banks, a nova roupagem do filme traz uma nova cara para a franquia, e tira todo aquele esteriótipo que foi colocado nos filmes anteriores. Mas ainda assim o antigo legado tanto da série de TV de 1970, quanto dos filmes de 2000 estão presentes e implícitos nesse novo longa.

Sabina Wilson (Kristen Stewart), Jane Kano (Ella Balinska) e Elena Houghlin (Naomi Scott) estão nova versão como três garotas que se unem para uma missão que promete salvar o mundo. O filme se incia com uma operação comandada pela Sabina e pela Jane, as duas estão no Rio de Janeiro, tentando capturar um chefão do tráfico (Chris Pang) e logo em seguida depois de completar a missão o John Bosely (Patrick Stewart), chega para liberar as duas.

“Também temos referências as antigas panteras”

Em outra cena temos a introdução da Elena Houghlin (Naomi Scott) que é uma jovem programadora, que trabalha para uma grande empresa comandada por Alexander Brok (Sam Claflin), um magnata dos negócios que só se importa com ele mesmo e com o dinheiro. A Elena junto do seu colega de trabalho Langston (Noah Centineo) desenvolveram uma máquina que vai proporcionar energia por pulsos magnéticos, mas por ganância o supervisor deles Peter Fleming (Nat Faxon), não ligou se o protótipo é seguro ou não e uma falha nessa maquina pode ser fatal. Mesmo que a Elena e o Langston tenham alertado a todos sobre essa falha ninguém dá a devida atenção.

Depois de alguns problemas envolvendo esse protótipo – que os supervisores tentaram encobrir – a Elena procura a Agencia Townsend para tentar resolver isso, mas um assassino começa a perseguir ela – uma cena de perseguição acontece – e finalmente conhecemos a Bosley (Elizabeth Banks), que chega para reunir as três – Sabina, Jane e Elena – e assim formar o trio das Panteras.

“O guarda roupa das Panteras está fantástico!”

No meio dessa jornada para sobreviver, conhecemos alguns outros personagens como o divertido, Santo (Luis Gerardo Méndez) e também desenvolvemos melhor personagens já introduzidos como o caricato Brok – o Sam Claflin está fantasticamente hilariante, com seu jeito estranho e mimado de ser – já, o mentor e padrinho da Jane, Edgar Bosley (Djimon Hounsou) que é o cara que fez a Jane, ter seu foco e coração gelado e isso no final das contas impacta diretamente na hora que ela dá de cara com o barra pezada do Hodak (Jonathan Tucker), que será uma pedra no sapato na vida das três panteras.

A Elizabeth Banks fez com que a Sabina (Stewart) fosse uma personagem durona e ao mesmo tempo engraçada, e nós vemos que a veia cômica da Kristen é uma coisa facilmente espremida no filme, e fica claro que ela é a líder do grupo. Logo em seguida temos a Jane, que é a mais treinada entre as três e está preparada para qualquer luta e operação de salvamento (já que ela era uma ex-MI6), a Balinska, é uma novata em atuação, mas mostra que além de ser especialista em artes marciais, ela também é a grande surpresa dentre esse elenco estrelado e experiente. Além disso ela tem um crush pelo personagem do Noah Centineo, e os dois até dividem um sanduíche em uma das cenas de ação – ps. ele fica caidinho por ela.

“Kisten é engraçada, Balinska é divertida e Scott é um brilho no horizonte!”

Scott vive a Elena a mais nova nesse mundo da espionagem, mas como ela mesmo diz “eu experimentei e agora quero mais”, a Elena fica fascinada pela ação e pela emoção que a Sabina e a Jane vivem constantemente, e a Agência Townsend proporciona isso pra personagem durante o filme. A personagem da Elena serve de ponto base para a nova geração que conhecerá a franquia, pois muitas das coisas são explicadas para a Elena, e assim o público novato poderá entender melhor sobre a agência e como as Panteras funcionam.

O filme também conta com uma tecnologia, mais avançada nos acessórios que as Panteras usam (como tatuagens que são comunicadores sub cutâneos), dessa vez vemos armas, porém elas as vezes são deixadas de lado para recebermos excelentes sequências de luta e como sempre os disfarces são uma marca registrada das Angels, e assim como temo refresco da geração de 2000 (Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu), os novos disfarces são mais tecnológicos e mais equipados. Uma coisa que fica de lado nessa versão, que sempre estava presente nas outras, é a sexualização das mulheres, que dessa vez não é uma coisa presente no filme, isso por que essas mulheres não estão tentando ser gostosas, elas simplesmente estão tentando salvar o mundo.

“Mulheres no poder e ação definem esse novo As Panteras”

O roteiro do filme é cheio de sarcasmo e mensagens diretas, para as pessoas mal intencionadas que julgam as mulheres, sim isso é o empoderamento, mas não é lacração. Esse é um filme de mulheres bem treinadas, inteligentes, poderosamente fortes, que mesmo que se machuquem sempre voltam a lutar pelo que é certo e no final das contas sabem rir e aceitar as derrotas levantar a cabeça e continuar. Esse é um filme que não tem rivalidade feminina! Todas as mulheres são unidas e bem colocadas em seus lugares, e aceitam que cada uma tem seu valor no time.

O filme ainda mostra um lado emocional das panteras, em uma das cenas uma delas chora e você sente o quão sensíveis elas podem ser, mesmo mostrando por fora uma camada dura e fria, elas também tem sentimentos umas pelas outras. Também temos referências as antigas panteras, temos Laverne Cox, temo Lili Reinhart, Hailee Steinfeld e muitas outras mulheres fortes que são membros da Agencia. Ah temos uma leve piadinha com o Batman no meio do filme, que acho que não foi intencional.

Enfim, na narrativa do filme funciona a proposta apresentada, o trio principal e os atores recorrentes são divertidos e perspicazes na medida certa, e a trilha sonora é algo que complementa o enredo do filme.

Matheus Amaral

Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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Matheus Amaral

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