A Netflix faz muitas séries ruins, mas Arquivo 81, não é uma delas.
Produzida pelo James Wan da saga Invocação do Mal. Arquivo 81 mostra o arquivista Dan (Mamoudou Athie) sendo contratado e enviado pra um lugar remoto, pra fazer a recuperação de fitas de vídeo danificadas. Porém quanto mais o Dan assiste as fitas mais ele acaba ficando aficionado na história da documentarista, Melody (Dina Shihabi), que filmou todas essas tais fitas.
Aos poucos a série apresenta o passado na década de noventa, com a Melody descobrindo sobre um culto estranho, e também apresenta as descobertas macabras que o Dan faz em 2022, que podem ter uma ligação, ou não, com o passado da Melody.
A série não usa Jump Scares pra assustar o espectador. Na verdade eles usam a sagacidade do roteiro, pra entregar as respostas aos poucos, e assim te deixar tão angustiado, e transtornado igual os dois protagonistas. A gente basicamente sabe, tanto quanto eles, e vamos descobrindo gradualmente, o que tá acontecendo naquele complexo de apartamentos.
A série também sabe brincar com as linhas temporais de uma forma muito boa, e claro ela te entrega algumas incertezas sobre as coisas que o Dan tá vendo. Será que é uma “entidade” sobrenatural, nas gravações da Melody, ou será que ele tá ficando doido?
Um sentimento que eu tive, é que essa série se baseia muito no terror dos anos 80 e 90 (que tristemente hoje em dia foi esquecido). A forma que ela controle os personagens, pra depois construir a narrativa é um ponto que me atraiu muito. Principalmente por que os atores são magníficos em seus respectivos papéis e isso trás um peso maior por roteiro bem feito da série. A trilha sonora também é um ponto forte, que consegue tornar os ambientes mais assustadores, e as cenas de terror ainda mais intensas.
A série é basicamente um quebra cabeça de 8 partes, que começa a ser montado no primeiro episódio. E quando você chega no oitavo, você nota que esse quebra cabeças é muito maior do que você esperava.
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