Uma Nikita moderna, que Luc Besson idealizou focando em Lucy e Salt.
O thriller de espionagem, estrelado pela estreante Sasha Luss que dá um show de atuação como Anna, segue em um ritmo frenético e repleto de reviravoltas (cansativas), mas na maioria das vezes consegue se sustentar, com o carisma e as sequências de ação.
Luc Besson recentemente esteve por trás do péssimo, Valerian, que se você não viu… meu amigo você é bem sortudo… o filme não sabe encontrar um norte e se perdeu na narrativa confusa. Mas em Anna – O Perigo Tem Nome, as coisas seguem em um ritmo diferente, aqui diferente de Valerian, você não terá momentos de descanso para piscar.
Luss interpreta a brilhante agente da KGB, Anna. Uma mulher loira, que no decorrer do filme muda de cabelo varias vezes, e tem um disfarce, como Modelo. A narrativa se passa em Paris, 1990, e Anna vive uma vida glamourosa e imediatamente chama a atenção de um dos parceiros da agência de moda, cujo principal objetivo é vender armas. Então depois de dois meses, de namoro ela o mata e eis que então temos a primeira reviravolta.
A partir desse momento começa um vai e volta interminável, que segue mostrando três anos antes, dai volta para a atualidade, para voltar novamente a três anos antes e assim vai… Acontece que, em 1987, Anna tinha um namorado abusivo e ela então se inscreveu na marinha e a KGB a encontrou e a livrou de tudo de ruim que ela passava – na verdade ela achava isso, mas eles roubaram a liberdade dela e ela repete isso o filme todo.
Quem a recrutou pra KGB, foi o agente Alex (Luke Evans) que entrou em seu apartamento para lhe oferecer um emprego. Ele diz que ela chamou a atenção da KGB por conta dela ser muito boa no xadrez. Então é claro que ela deveria ser uma espiã, certo? Eu também sou bom no xadrez e também já fui recrutado pela KGB!??
Então, indo para 1990, Anna está entrando em campo sob o olhar atento da chefe Olga (Helen Mirren), que é a personagem mais escorregadia, que vive pregando peças na Anna, como por exemplo entregando armas desarmadas pra ela.
Mantendo seu disfarce como modelo, Anna mata um monte de pessoas em montagens especialmente boas, e ao mesmo tempo sureais, – como agentes da KGB, tentando derrotar a Anna com cassetetes em vez de usar armas, ou a Anna matando pessoas com pratos – além disso nossa heroína, começa a ter relações sexuais com Alex e iniciar um relacionamento com uma modelo , Maud (Lera Abova), para ser sua fachada como modelo.
O roteiro de Besson não se incomoda em inventar razões para os assassinatos. Ao longo do caminho, Anna conhece um espião americano que a força a se tornar uma agente dupla. Cillian Murphy vive um ardiloso Agente da CIA, e assim como a persongens de Mirren – os dois são muito animados e inteligentes e ao que parece um ângulo, diferente é aplicando aos seus persongens.
O personagem de Murphy então começa como um agente determinado a roubar informações da KGB, mas na verdade ele cai no encanto da Anna e os dois se tornam amantes.
O grande ponto abordado durante todas as linhas da personagem Anna é sobre ela ser livre, e esse jogo entre espiões acabar. Ela só quer ficar sozinha, no Havaí e relaxar pelo menos por um mês antes de matar novamente. Porém as duas agências acham que isso é pedir demais e a obrigam a “trabalhar”.
Anna – O Perigo Tem Nome é um filme confuso, mas ao mesmo tempo bem decidido com suas reviravoltas. Esse é um filme que pode ser que canse sua cabeça, mas é um filme que consegue ativar suas sinapses e criar uma grande questão no final, será que tudo que a Anna fez valeu a pena?
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