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Critica | Anatomia de Um Escândalo (2022) – Mini série da Netflix, sobre privilégio branco e estupro

A Netflix lançou a mini-série Anatomia de um Escândalo, e ela tem  pontos interessantes, mas também comentar sobre alguns pontos negativos.

Desde Big Little Lies, o David E. Kelley, tá em alta no mundo das séries, ele recentemente entregou as mini-séries The Undoing e Nove Desconhecidos. Além de também tá envolvido na produção da série Big Sky. Alías tenho vídeo de todas essas séries aqui no canal.

Mas enfim, agora ele chega na Netflix, escrevendo e produzindo, Anatomia de um Escândalo, que é baseada no livro de mesmo nome. Entretanto, desde a primeira temporada de Big Little Lies, o David não entrega um projeto grandioso. Todos são bem medianos, e Anatomia de um Escândalo é aquele tipo de série que vai dividir opiniões.

Na trama nós vemos o Politico conservador James Whitehouse (Rupert Friend), tendo um caso extra conjugal, com a Olivia (Naomi Scott), uma jovem subordinada dele. Essa notícia acaba vazando, e abala a vida dele e a da esposa Sophie (Sienna Miller) que começa a notar que o casamento deles não era tão perfeito quanto ela imaginava.

Entretanto as coisas vão de mal a pior quando a Olivia acusa o James de estupro. Com isso a promotora Kate Woodcroft (Michelle Dockery), entra no caso pra tentar por o James atrás das grades por conta desse ato hediondo. Mas nem tudo vai ser fácil pra Kate, já que o James é membro do parlamento e amigo íntimo do primeiro-ministro Tom (Geoffrey Streatfield), e isso dá uma vantagem pro caso dele.

A medida que os episódios da série vão passando nós vemos flashbacks, e vamos conhecendo mais e mais, o passado de todos os personagens, e como vemos como esse passado acaba se tornando um ponto chave pra toda a trama da série.

Essa mini-série me lembrou muito o filme ‘O último Duelo’. Eu senti a mesma indignação vendo as duas produções.

Anatomia de um Escândalo tem um início nada agradável. É meio difícil você se conectar com os personagens logo de cara, já que tudo parece muito frio nos 3 primeiros episódios. A trama parece muito arrasada em alguns momentos.

Todavia série se estabelecer no quarto episódio, e você começa a se envolver com os personagens, com suas reviravoltas. A partir daí a série corre de uma maneira frenética, até o último episódio, que finaliza tudo de uma forma até que satisfatória.

Porém antes de chegar no episódio quatro, você fica cheio de dúvidas na cabeça. Principalmente em relação ao caso de estupro, já que a série trabalha a personagem Olivia de uma maneira inadequada. A Naomi Scott está incrível no papel, ela consegue entregar boas emoções pra Olivia.

Mas a abordagem da série nunca dá um rumo certo pra nós seguirmos.

Acaba que no final das contas o debate sobre a violência sexual não é tão profundo, envolvente e impactante como deveria ser. Principalmente por conta das partes lúdicas, fantasiosas, e meio surreais, que sempre me faziam dar uma leve gargalhada. Isso na minha perspectiva destoou muito do tom da série.

                             

Entretanto mesmo com os erros a série ainda tem seus acertos, como por exemplo o jogo de câmera que brinca muito com movimentos rápidos, e ângulos bem cinematográficos, que representam muito as emoções dos personagens. Por falar em personagens, todos os atores entregam excelentes performances, que seguram a narrativa meio falha. E claro se você ama ver os problemas da elite branca londrina. Ou se você só quer uma série novelesca pra passar o tempo. Anatomia de Um Escândalo vai te agradar muito. Eu até que me diverti assistindo.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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