Com muito BDSM a nova comédia da Netflix, Amizade Dolorida (Bonding) mostra uma outra visão do já conhecido divertimento de Christian Grey e Anastasia Steele de EL James.
A série da Netflix (de 7 episódios de apenas 15 á 18 minutos de duração), conta a historia divertida de Tiff e Peter dois ex-amigos de escola, que se re-encontram e se reconectaram para se ajudarem com seus problemas pessoais. Peter é um garçom/aspirante a comediante, que saiu do armário recentemente e tem medo de subir nos palcos para mostrar sua comédia. Enquanto Tiff é uma estudante de psicologia / dominatrix, que se vê em um impasse por conta de não conseguir pagar a universidade somente com seu trabalho comum, então ela se tornou a dominatrix mais procurada de NY.
Conheça Zoe Levin que interpreta a Dominatrix, Tiff na série da Netflix
Esses dois, eram velhos amigos no colegial, e tiverem até uma história sexual juntos – mesmo ele sendo gay – mas as desventuras da vida, trazem seus caminhos para ficarem juntos novamente, só que agora não como amigos e sim como colegas de trabalho, já que Tiff precisa de um guarda costas/limpador de sujeira, e ele logo aceita o trabalho incrédulo.
Amizade Dolorida tem um humor, na medida certa, junto de um elenco cativante e bem desenvolto em seus papeis confiantes. A série vem para mostrar uma visão diferente da vida de duas pessoas diferentes que encaram os mesmos problemas, sendo que mesmo que o tema da série possa parecer pesado ela é uma série leve, que se flui em meio dos conflitos dos protagonistas e não do quesito de BDSM. Mas claro mesmo que seja fluida a série tem seus defeitos e cenários muito diferentes do esperado.
A Netflix tratou tão bem essa série, ela conseguiu não enrolar e deixar episódios rápidos e fluidos, sendo que isso ajudou na construção da narrativa central da série. Já quero como isso será desenvolvido talvez na segunda temporada ou em outras séries.
A série é escrita com base nas experiencias de Rightor Doyle – que se você quiser saber mais clique aqui – o que pode explicar por que o caráter de Tiff é tão construído em tudo enquanto o de Peter é meio esdruxulo. A Tiff, de Zoe Levin é tão cativante e a triz está tão bem no papel, que eu sinto que a série se seguraria somente com ela, até por que ela retrata uma jovem com a confiança genuinamente enraizada que faz sua escolha de profissão parecer razoável e não forçada, então não temos momentos de dramalhão desnecessário. Além dela quem se destaca são as participações especiais, que contracenam com ela, como Stepford, Daphne (D’Arcy Carden – Janet de The Good Place) que se revelam boas adições cômicas para o enredo que tenta ser sexual, mas entrega uma descontração amigável.
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