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Critica | Ainda Estou Aqui (2022) – Joey King está a procura de namorado fantasma

A Joey King é muito talentosa, e super carismática. Porém o agente dela obviamente não é o maior fã que ela tem, já que o cara só mete ela em furada. Além disso ele também precisa exigir perucas mais realistas pra ela usar.

Ainda Estou Aqui’ da Netflix, estrelado pela nossa rainha da franquia ‘A Barraca do Beijo’.

Na história do filme nós vemos a fotógrafa Tessa (Joey King) e o remador Skylar (Kyle Allen) se conhecendo na exibição de um filme francês, que por um acaso do destino estava sem legenda. O Skylar também por coincidência do destino é trilíngue, e ele traduz o filme simultaneamente pra Tessa.

Essa cena em questão é bem agridoce, e tem várias referencias a outros filmes, então até que foi um início promissor pro filme. Foi um ponta pé bonitinho pra história romântica desse casal.

Intercalado com esse enredo fofo dos dois se conhecendo, temos a trama sobrenatural acontecendo, depois do acidente de carro do Skylar, onde ele morre. Em vez de seguir em frente ele ficou “entre o céu e a terra”, graças a “assuntos inacabados”, que ele tem com a Tessa. Então aos poucos vemos o Skylar o Fantasminha Camarada, tentando se comunicar com a Tessa e vice e versa.

O filme tinha uma premissa tão promissora, mas ele se estendeu demais sem necessidade.

Esse longa acabou nem explicando o que deveria explicar. Você fica quase duas horas vendo a história da Tessa e do Skylar. Mas você nunca entende a mitologia criada em cima do filme. Você nunca entende como o Skylar controla um carro?, como ele liga uma câmera, como ele faz todos os celulares tocar, ou como ele controla o sistema de energia do hospital.

O roteirista até tenta colocar a médium Doris (Donna Biscoe) pra explicar um pouco sobre esse fenômeno paranormal. Mas mesmo com os breves momentos dela, nada fica muito claro. É bem difícil investir todo esse tempo na relação da Tessa e do Skylar.

O arco romântico do filme poderia ter funcionado muito bem se o filme não fosse tão longo. As escolhas dos roteiristas também acabam sendo bem óbvias. A trilha sonora usada aqui não se casa bem com algumas cenas. A fotografia entre o passado e o presente deixa o filme bem desanimador.

Entretanto mesmo com tudo isso, o filme ainda encontra um refujo no romance bobinho dos protagonistas, onde nós vemos a Tessa procurando uma inspiração pras suas fotografias e também enfrentando problemas familiares. Claro vemos como o Skylar muda a perspectiva de vida da Tessa, e á transforma em uma versão melhorada de sí mesma.

A Joey King e o Kyle Allen formam uma dupla boa, e o carisma dele te prende durante o filme, e mesmo com os erros o filme ainda se sustenta por conta do elenco. Não é um filmaço, mas ainda vai encontrar um publico bem fiel na Netflix.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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