Ad Astra – Rumo Ás Estrelas, é uma obra prima espacial! O diretor James Gray conseguiu criar da forma mais realista do espaço.
Antes te começar tenho que destacar o quão lindo e perfeito é a representação do espaço, a cinematografia foi tão bem planejada que até algumas imagens do filme são realmente imagens do espaço estilizadas. Mas mesmo eu admirando muito o cenário realista, o grande destaque do filme fica a cardo do desenvolvimento do protagonista.
Vamos lá, o filme apresenta um futuro que parece muito familiar. Nessa realidade o mundo faz viagens espaciais – como se fosse uma viagem de avião – essas viagens se tornaram comercializadas – assim como idas a Dubai, para pessoas que tem dinheiro. A lua agora é quase que uma Disney Land, ela é um ponto turístico – nesse futuro eu imagino que as pessoas digam, “mãe arranjei um emprego no Subway da lua”. A ganancia da humanidade fez com que a lua fosse colonizada, e tornada em um meio de se ganhar dinheiro.
Mas enfim vamos para o enredo central, o nosso protagonista Roy (Brad Pitt) é um cara externamente, frio e indiferente com sua vida. Isso é afirmado nas diversas vezes que ele faz seu teste psicológico e checa seus batimentos cardíacos. Ele narra a maior parte das suas emoções, e seus problemas familiares com o seu pai distante moldaram essa personalidade. Alguns surtos elétricos catastróficos começam a surgir e o pai dele que tinha sido declarado desaparecido pode ser o causador desses surtos.
Essa então é uma aventura intergalática milimetricamente coordenada para desenvolver o personagem. A narração de Roy às vezes parece mais como uma depressão reprimida, mas ele é um herói, tão bem construído, que mesmo com sua indiferença em alguns momentos ele segue sendo uma pessoa integra e direta.
Alguns personagens que foram vendidos no trailer e nos materiais promocionais, como por exemplo a Liv Tyler, que interpreta a esposa de Roy, são uma mera conveniência para o desenvolvimento do Roy. Sendo que no terceiro ato o filme perde um pouco o ritmo, e entrega um final água com açúcar – que na minha percepção deixou em aberto algumas questões, que o próprio espectador terá que teorizar.
Mas ainda assim as excelentes sequências apresentadas no decorrer do filme valem sua experiencia principalmente em IMAX. Uma das melhores cenas é a cena de abertura que mostra uma antena espacial, e o primeiro encontro do protagonista, com o pulso magnético desconhecido. É uma cena de tirar o folego. Tudo isso e muito mais fazem com que Ad Astra reflita questões existenciais que a humanidade enfrenta atualmente, e mostra que nossa ganancia, mesmo em um futuro distante continuará a mesma.
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