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Critica | A Maldição da Chorona (2019)

Um filme com muitos jump-scare e com um folclore imposto, que não se aprofunda na real Maldição da Corona.

A nova parte da franquia Invocação do Mal está chegando aos cinemas, e diferente de Annabelle e A Freira, que foram anteriormente introduzimos nos filmes anteriores, A Maldição da Chorona chega de uma forma despretensiosa, e introduz um conto muito popular no méxica. A conexão com a boneca Annabelle é mais um easter egg, provocado pelo padre (Tony Amendola) que apareceu no primeiro filme da boneca, até por que ela é mencionada em um único momento do filme e nada é usado para a narrativa, então não leve isso em consideração –  e sim se você não assistiu nenhum dos outros filmes você pode ir tranquilo assistir esse. 

Mesmo envolto em alguns problemas que vou mencionar a baixo, o longa dirigido por Michael Chaves tem uma analogia aos filmes de James Wan e isso é perceptível na caracterização dos personagens e na fotografia estilizada, sendo que muito da direção de arte é feita de uma forma sequencial e com poucos cortes – até o terceiro ato que particularmente o filme começa a correr muito e apresentar cenas sem motivo. Chaves faz um bom trabalho em misturar o conceito da saga Invocação do Mal ao mesmo tempo que criou traços únicos – como por exemplo a virada da câmera em algumas cenas – porém algumas de suas abordagens são fracas – em uma das cenas eu fiquei estritamente irritado com a falta de sequência – mas o que realmente traz a boa sensação e faz esquecer os erros, é a excelente edição de som que é essencial o real motivo para as cenas assustadores realmente assustarem.

O filme segue a assistente social Anna Garcia (Linda Cardellini) e seus filhos, Chris (Roman Christou) e Samantha (Jaynee-Lynne Kinchen) sendo aterrorizados pela mistica, Chorona uma mulher que matou seus filhos como vingança a seu marido traidor, e agora ela vaga pela terra procurando crianças para substituir as que ela matou. O roteiro escrito por Mikki Daughtry e Tobias Iaconis é baseado no conto mexicano, porém a dupla não se aprofunda nesse conto, eles fazem só o superficial, e acabam focando na família, e o filme só não se torna monótono por conta de Cardellini que entrega uma performance envolvente como o protagonista do filme ela é simpática e convincente como uma mãe preocupada mesmo sendo meio burra em alguns momentos e ser meio escandalosa em outros, porém isso continua sendo culpa do roteiro cheio de estéria.

A Maldição da Chorona ao longo do filme tem boas sequências de susto, e segue nisso até o segundo ato, porém ao que parece eles correram muito para encerrar a produção e logo quando está para chegar na finalização, eles começa a sair no quisto assustar e entram em um momento de redenção e de alívios cômicos, que são proporcionados pelo curandeiro Rafael (Raymond Cruz), e isso em partes é bom, e ao mesmo tempo é ruim, pois o encerramento do filme fica muito fácil e sem uma batalha entre os personagens.

Porém o filme deve agradar o publico em geral até por que a história segue fluindo em um ritmo constante, sem ficar preso nos temas de crença e fé, tudo isso envolto em sustos momentâneos em momentos certos, que fazem com que o publico se esqueça de alguns erros sequenciais. Além disso a introdução do filme no universo de Inovação do Mal não é forçada e ainda dá uma brecha para vermos esses novos personagens aparecendo em futuros filmes do universo. Sendo que o final desse longa não dá nenhuma brecha para uma continuação… então presumo que esse será o primeiro e o ultimo filme da Chorona.

Matheus Amaral

Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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Matheus Amaral

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