A Valak está de volta em A Freira 2, um filme que tem muito enredo e não muita história. Esse filme dirigido pelo Michael Chaves é com certeza melhor que o primeiro a freira, e também melhor que A Maldição da Chorona, mas também é um filme que não chega aos pés da franquia principal de invocação do mal.
Roteirizado pela Akela Cooper a mesma responsável por Maligno e M3gan, A Freira 2 se passa algum tempo depois do primeiro filme, e vemos a Irmã Irene (Taissa Farmiga) se adaptando a um outro convento, onde ninguém sabe que ela é a Freira que vivenciou os acontecimentos da Romênia, só que a paz da Irene acaba quando ela começa a ter visões assustadoras e também o superior dela fala que padres estão sendo mortos de maneiras estranhas, e ela tem que ir trás pra investigar isso. Essa investigação dela, á leva direto ao Maurice (Jonas Bloquet), que está trabalhando em um internato, e esses dois vão ficar novamente cara a cara com A Freira.
Só que diferente do primeiro filme que tinha um elenco bem mais reduzido, e uma história bem mais paradona, esse segundo filme optou por trazer mais personagens, e por conta disso temos a irmã Debra (Storm Reid), que sinceramente não agrega em nada na história e se tirasse ela de cena não impactaria em nada, foi uma personagem desnecessária.
Claro temos também a professora do internato a Kate (Anna Popplewell), e sua filha a Sophie (Katelyn Rose Downey), que vivem no internato e também ficam a mercê das maldades da freira, porém a Kate não tem um enredo predominante aqui na história, e a Sophie ganha um sub enredo envolvendo bullying que nada agrega na trama. E as três meninas que fazem esse bullying com ela são irritantes e pra mim são as verdadeiras vilas do filme.
Disse tudo isso pra deixar claro que o filme tem muitos enredos, mas tem pouca história pra eles. Esses personagens são muito vazios, e nenhum deles é realmente relevante pra história. Três únicas pessoas importantes são Irene, Maurice e A Freira, de resto todos os outros arcos não agregam em nada deixando uma sensação de exaustão mental.
Sensação essa que as vezes era ainda mais evidente pelo ritmo do filme, que em alguns momentos era rápido, e era composto com vários jumpscares. O filme tem tantas cenas de susto que os mais medrosos vão se cagar de medo. Porém os mais conhecedores ficaram incomodados com tantos sustos. O pior disso é que logo em seguida das cenas de jumpscare tínhamos cenas mais monótonas que eram paradas demais. Então o filme entregava um misto de sensações de uma maneira não tão prazerosa.
A Taissa Farmiga é extraordinária e subestimada, ela e o Jonas Bloquet, evoluíram muito e conseguiram entregar personagens mais maduros nesse filme. A Irmã Irene, tem mais profundidade e suas visões são mais assustadora, com destaque pra aquela cena das revistas que foi muito bem arquitetada.
Já o Maurice que antes servia como um alívio cômico desnecessário pro primeiro filme, aqui ganha um enredo com mais seriedade que deixa o personagem mais ameaçador. Os poucos momentos de alivio comico dele são substituídos por simpatia e charme. Acho que a cena que eu ri foi quando ele falou da “feijoada”, de resto ele tava interpretando um personagem mais ameaçador.
Por incrível que pareça a Valek é subutilizada no próprio filme. Ela fica escondida pela maior parte do tempo de execução, e só aparece mais no final. Porém de um modo geral esse é um terror agradável. É um bom entretenimento pra ver com os amigos. Não é um filme divertido que tem error, mas o suspense e o mistério são legais e os sustos são refrescantes.
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