Critíca

Crítica | A Cinco Passos de Você (2019)

Não é de hoje que o cinema aposta em dramas adolescentes para tentar alavancar suas produções, com isso, A Cinco Passos de Você não é diferente, tendo a história baseada em adolescentes doentes sendo eles em sua maioria em estado paliativo, o filme não é uma história original, podendo muito bem fazer o público lembrar de outras parecidas como a mais recente A Culpa é das Estrelas e a mais antiga Um Amor Para Recordar. É claro que a trama tem suas diferenças e nesse caso elas se sobressaem fazendo o filme se diferenciar um pouco dos demais.

Dessa vez a doença que por sinal é responsável por fazer se originar o nome do filme é fibrose cística e por conta dela, o portador da doença não pode se aproximar de outras pessoas com fibrose cística para não compartilhar vírus ou bactérias que possam piorar o estado deles, por causa disso, eles precisam sempre ficar a mais ou menos a seis passos de distância ou do outro, isso mesmo seis, e durante o desenrolar da história nós vamos perceber o porque que o título do filme está diferente.

Podemos destacar também que por mais que o ator Cole Sprouse (Will) seja conhecido pelo seu papel na série Riverdale, quem de fato nos surpreende em relação a interpretação é a atriz Haley Lu Richardson (Stella). Mesmo não sendo uma interpretação excelente, ela consegue nos entregar veracidade e emoção de fato na personagem, fazendo transparecer um ar de seriedade e realidade nos fatos, não que a interpretação de Cole não esteja boa, pelo contrário, só não está tão realística assim, e acaba sendo só mais um ponto de drama muitas vezes sem emoção por ele no filme.

A direção de Justin Baldoni está boa, e por mais que esse seja um gênero de filme teoricamente novo em relação à outros trabalhos feitos pelo diretor, ele consegue nos fazer entrar de fato na rotina hospitalar que o filme se passa quase que 100% do tempo e ao mesmo tempo sentir toda a emoção e o abalo psicológico feito e sofrido pelos personagens.

Tendo uma linguagem totalmente típica em relação a era tecnológica em que estamos acostumados, o filme envolve isso de maneira rotineira nos personagens, desde o canal no Youtube que Stella tem para falar sobre sua rotina e alertar sobre a doença à vídeo chamadas frequentes entre os personagens, a trama faz questão de deixar tudo isso bem claro, o que torna outro ponto bem diferente aos outros filmes já citados.

Diferente de outras obras já faladas, o filme não demora para se desenvolver, se assegurando bastante no drama e na emoção que a história contada passa para o público, coisa que em alguns pontos se torna negativa, pois em alguns momentos isso acaba deixando a narrativa cansativa, mais nada muito grave ou que atrapalhe de ser considerado um bom filme.

Vitor Henrique

Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

Nós usamos cookies pra melhorar a sua navegação!