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Critica | 1899 – 1ªTemporada (2022) – Série dos criadores de Dark é a nova queridinha da Netflix

1899 foi uma experiencia angustiante, e intrigante. Foram 8 incríveis episódios, onde eu ficava a cada nova descoberta tentando entender o que estava acontecendo e qual seria o desfecho da história.

Mesmo que eu tenha sacado algumas coisas sobre o epilogo, ainda assim o final de tudo foi apenas o começo de algo maior, e isso eu realmente não tava esperando. As diversas reviravoltas ao longo do caminho serviram pra nos confundir. Mas ao mesmo tempo serviram como um complemento charmoso pra essa trama, e isso nos atraiu pra toda a loucura da série. Alías pra quem não sabe, eu nunca assisti Dark. Mas depois de ver 1899, eu até fiquei com vontade de dar play.

Todos devem saber que 1899 é uma série alemã criada pelos mesmos criadores de Dark.

A história segue um grupo de passageiros do Kerberos, que tem como destino à América. Esse navio encontra o Prometheus, um navio abandonado no meio do oceano. Eles vão até lá investigar esse tal navio, e coisas estranhas começam a acontecer depois disso.

Essa é uma série que trás muitos personagens pan-europeus, e usa e abusa de várias línguas diferentes pra incrementar a narrativa. Temos um jovem casal francês (Jonas Bloquet e Mathilde Ollivier), uma gueixa cantonesa (Isabella Wei), um padre português e seu acompanhante espanhol (José Pimentão e Miguel Bernardeau), uma família dinamarquesa da terceira classe (Alexandre Willaume, Maria Erwolter, Lucas Lynggaard Tønnesen, Clara Rosager).

Claro temos a nossa protagonista a Maura Franklin (Emily Beechum), uma inglesa lidando que está em busca do seu irmão desaparecido, e temos um antagonista que é o alemão do capitão navio, Eyk Larsen (Andreas Pietschmann). Todos esses personagens tem passados problemáticos, e reprimidos, e todos precisam lidar com esse passado a medida que o tempo vai passando, e a cada novo episódio temos flashbacks pra desenvolver melhor cada um dos personagens.

Sendo que também a cada episódio nós recebemos uma pecinha do quebra cabeças. Temos que ir aos poucos montando ele, e tentando entender por que alguns personagens tem identidades falsas. Por que alguns deles tem tendencias a fazer motins, por que uma criancinha estranha estava no prometheus, e quem é o novo passageiro que entrou no navio sem que ninguém soubesse. O que está acontecendo com os navios?

A série tem um ritmo lento, mas o mistério é tão gostoso de ser acompanhado que você devora ela em uma única tacada.

Claro que os personagens as vezes parecem inconsistentes, mas isso acaba recendo uma ótima explicação no final das contas, então, mesmo que você ache algo de errado, isso vai ter uma grande resolução no final.

Vão lá na Netflix assistir, aposto que vocês vão se impressionar.

Outra coisa legal na série é a barreira linguística entre cada pessoa do elenco, isso eleva a história e trás um ar original pra toda a doideira. O elenco se entrega totalmente a história maluca. Sendo que a protagonista que é a nossa rocha sólida pra gente se agarrar e acompanhar sua jornada é tão cheia de mistérios e tem um passado tão nebuloso, que tudo envolvendo-a, nos instiga a acompanhar suas descobertas.

Além de tudo isso precisamos dar uma salva de palmas pra trilha sonora da série com músicas a cada final de episódio. As músicas eram de rock. Elas nos deixavam ainda mais atraído por toda a premissa irreal. Claro a ambientação do navio estava perfeita. A propósito o CGI das cenas lúdicas e do mar estava muito bem trabalhado, mostrando que a Netflix investiu um valor pesado nessa série.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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