Imagina que o ChatGPT tenha as ferramentas de manipular alguém. Pera não precisa imaginar, até por que “Assassinato no Fim do Mundo”, nos mostrou uma IA manipuladora causando uma morte e muitos problemas, na vida de uma promissora detetive vivida pela Emma Corin.
Essa minissérie do StarPlus, me lembra muito os livros da Agatha Christie e já falei o que achei sobre ela sem spoilers nesse outro vídeo, e agora depois de 7 semanas eu terminei o sétimo episódio, e estou de boca aberta com o final maluco.
Então a primeira coisa que tenho que comentar dessa série é que a estética dela é linda, e me deixou maravilhado desde o primeiro minuto. Todo aquele hotel circular era bem construído do lado de dentro e do lado de fora.
Esse hotel será o local de um retiro, e conheceremos um grupo homogêneo de personagens peculiares. Nem todos ganham destaque, mas os principais conseguiram se destacar de uma maneira boa, com foco na Darby Hart (Emma Corin), ela é uma aspirante a Hacker, escritora e detetive da Geração Z que resolvia casos com seu ex-namorado Bill (Harris Dickinson), e nesse retiro ela reencontra ele, mas ele acaba sendo morto misteriosamente e ela entra em ação pra descobrir quem matou ele.
Esse retiro é comandado pelo bilionário da tecnologia Andy Ronson (Clive Owen), e por sua esposa Lee Anderson (Britt Marling), e até os dois se tornam suspeitos dessa morte misteriosa, e das próximas mortes.
Ah, e ainda no elenco temos a Alice Braga que eu imaginei que seria só uma personagem de fundo, mas ela ganhou seu próprio enredo, enquanto interpretava a astronauta Sian (Alice Braga) que tentou investigar a morte do Bill junto com a Darby, e as duas acabaram sofrendo um acidente em meio a neve, e aquele capacete de proteção prendeu na cabeça dela, e eu fiquei agonizado pensando que ela morreria.
Essa cena foi boa demais. Foi tensa na medida certa, e a traqueostomia de emergência que fizeram nela foi dolorosa. A tadinha até sobreviveu pra dar o último suspiro, mas morreu devido a ferimentos da traqueostomia.
Todo esse enredo dela serviu pra mostrar como a tecnologia pode ser mortal. Tipo não tinha um botão de emergência no traje tecnológico. Um mau funcionamento foi quase morta pra pessoa que usava o capacete. O Ronson que criou o capacete é tipo um Elon Musk e isso foi extrata mente perspicaz. A Sian foi a única que não morrou por conta do Ray, foi na verdade por conta do Wifi desligado que a Lu Mei hackeou e acabou atrapalhando a conectividade do capacete. Foi até gozado pensansar que ela morreu pelo wifi.
Ainda falando em cenas tensas, a cena da piscina fechando na Darby me deixou sem ar. Eu já quase fui afogado, e a sensação de ficar embaixo dágua não é boa. Enfim me deu gatilho.
Ainda durante a temporada eu adorei aquele scanner que o Ray fazia do hotel, e projetava tudo em alta escala. Achei isso genial, e ao mesmo tempo assustador.
Mas vamos ao ponto que é o sétimo e último episódio que trás a revelação de que o Ray é o culpado pela morte do Bill. SIMM a IA do hotel é o assassino, ou quase isso né.
Na verdade o Ray convenceu o Zoomer, filho da Lee que o Bill tava doente e que ele precisava de uma injeção, e ele manipulou o Zoomer pra fazer todo o trabalho sujo e injetar a morfina que matou o Bill de overdose, e a Darby usou seu conhecimento sofisticado de tecnologia e humanidade para juntar as pecinhas.
A série usa essa reviravolta como uma forte critica sobre as crianças ficarem frente a frente com a tecnologia, sem ao menos ter noção do certo e do errado. Isso demonstra que uma criança pode ser manipulada facilmente para fazer algo mega errado. Isso sem ao mesmo ela saber que fez algo errado. O próprio Andy tinha plena certeza que o filho tava seguro com sua teologia mega avançada, e isso demonstra que quanto mais os pais tem plena certeza de algo, mais eles estão na zona de conforto deixando os filhos sujeitos a vunerabilidade.
O próprio Ray desde o começo da série já se provou perigoso e ele foi programado pra proteger a família Ronson. Ele é uma IA conectada na internet que sabe de tudo, aprende tudo com tweets, com posts de pessoas que podem ser bondosos, mas também podem ser bondosos, e também podem ser irónicos. Uma IA não consegue ter sentimentos, e noção pra distinguir o que está sendo dito. A linguagem humana é algo muito avançado. Quando o Andy usou o Ray como psicólogo isso fez ele levar ao pé dá letra que ele queria que o Bill morresse. Até por que ele tava puto por que o Zoomer tava se dando melhor com o Bill que era seu pai biológico, e a Lee era a ex-peguete do Bill. Alías a Darby descobriu tudo isso próximo ao final de temporada e ficou chocadíssima.
Com o Ray entendendo errado com as palavras do Andy ele acabou mandando o Zoomer indiretamente matar o Bill, e notem que durante toda a série a gente pode ver o Zoomer ficar imerso com seu capacete VR, correndo pelo hotel. Ele até deixa Darby brincar um pouco com ele para que ela possa ter uma noção de seu jogo baseado em tarefas em um cenário medieval. Por mais que o capacete seja legal, ele ser dado pra uma criança daquela idade sem um controle parental é assustador.
Na verdade toda a programação do Ray sem controle de certo e errado é surreal. Uma IA desse porte só deveria ser usada depois de muitos protocolos de segurança. Tanto que antes de morrer o Bill deixou um recado de Programação defeituosa pra Darby.
Além do Bill, o Ray ainda matou o climatologista Rohan (Javed Kahn) que teve um ataque cardíaco logo após Bill. Darby teorizou que o marcapasso de Rohan foi adulterado remotamente. Interrompendo o ritmo de seu coração e matando-o. Ela estava certa, pois Ray fez Zoomer jogar um jogo para hackear o coração de Rohan.
A série se finaliza com o Ray sendo destruído pela Darby e pela Lee, que queimaram toda a sala de sistema do Ray. A Darby então escreve um livro sobre tudo que viveu. Descobrimos que o Andy desapareceu da vida pública, e a justiça ainda não foi feita pelas mortes no retiro. Até por que ninguém sabe como culpar uma IA pelas mortes.
A Lee e o Zoomer fugiram juntos no final pa ficarem longe do Andy. Porém nem a Darby sabe se eles sobreviveram. Mas nós vemos no final que sim, ela sobreviveu e foi resgatada por a quele navio e deve tá vivendo uma vidinha com o filho. Por ser uma minissérie e ter um final fechadinho a série não precisa ter uma segunda temporada. Mas se eles quiserem fazer uma 2ªTemporada eles podiam abordar o Ray fazendo backup em outro servidor no mundo, e atormentando os sobrevivente. Tipo o final de MEGAN.
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