A história do Caso Von Richthofen será contada em dois filmes, que estreiam simultaneamente em 2020.
Os dois filmes serão exibidos em sessões alternadas nas mesmas salas. Formato inédito no cinema mundial, as duas versões da mesma história estão em filmagem. Esta foi a solução artística encontrada pelos produtores para serem fiéis ao que está narrado nos depoimentos oficiais dos então namorados Suzane Von Richthofen e Daniel Cravinhos.
– É um caso único no cinema mundial essa produção exatamente da mesma história porém com olhares diferentes. É uma oportunidade para o público analisar e chegar à sua própria conclusão sobre os fatos. O público brasileiro tem se mostrado engajado com conteúdos como este, especialmente os baseados em histórias reais, temos que ocupar esse espaço e oferecer ao espectador obras com qualidade e respeito – afirma Gabriel Gurman, CEO da Galeria Distribuidora.
Como a produção do filme não tem qualquer relação com os autores do crime, tudo o que se verá nas telas tem como fonte os autos do processo. Os envolvidos com o crime não receberam dinheiro da produção, nem receberão no lançamento. Além disso, o filme é produzido sem dinheiro público. Cem por cento da verba investida é dos próprios produtores, a Santa Rita Filmes (produtora), a Galeria Distribuidora (coprodutora e distribuidora) e o Grupo Telefilm (coprodutor).
Para escrever essas histórias, o produtor Marcelo Braga e o diretor do longa Maurício Eça convidaram Ilana Casoy, criminóloga, consultora de obras audiovisuais que abordam esse universo e autora de livros como “Arquivos Serial Killers – Made in Brazil e Louco ou Cruel” e “Casos de Família: Arquivos Richthofen e Arquivos Nardoni”. Ilana vem trabalhando em parceria com o bem sucedido autor de policiais Raphael Montes. Juntos eles formam a dupla Casoy e Montes.
Ao lado dos roteiristas, os advogados são parceiros constantes da produção. Há um cuidado detalhista em realizar uma produção independente dos envolvidos com o crime, que não terão qualquer participação na produção, já que se trata de uma obra baseada em documentos públicos. Daí a decisão por basear a história nos autos do processo, que foram estudados minuciosamente por todos os envolvidos.
Carla Diaz foi a escolha do diretor e dos produtores para interpretar Suzane Von Richthofen:
– Eu tinha 12 anos quando o crime aconteceu – lembra Carla. – Fui educada amando meus pais. Então não entra na minha cabeça uma filha fazer isso com os próprios pais. Olhando para a história por esse ponto de vista, assumir esse papel é um grande desafio pra mim como atriz. É uma história tão trágica e tão chocante para todo mundo. Realmente acredito que histórias assim não podem ser esquecidas.
Leonardo Bittencourt, que interpreta Daniel Cravinhos, ficou feliz com o apoio que recebeu dos amigos frente ao desafio de uma história tão complexa:
– Eles entenderam a grandiosidade do projeto e ficaram felizes por eu ter esse desafio pela frente – conta o ator, que lembra o que pensou ao receber o convite. – A primeira coisa que me veio à cabeça é uma frase que a gente escuta desde a escola: “Você aprende História para não cometer os mesmos erros”.
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