A Loja de Unicórnios da Netflix tem um final meio explicativo, mas o que isso significa esse final?
Brie Larson, estrela e dirige o filme lançado oficialmente em 2017 no festival TIFF, conta a história da aspirante a artista, Kit tentando crescer, conseguindo um emprego temporário em uma empresa de marketing. Mas ela s distrai do seu objetivo quando recebe um convite para “The Store”, onde O Vendendor (Samuel L. Jackson) oferece seu sonho de infância de um unicórnio.
O filme mostra Kit seguindo os vários testes do Vendedor para conseguir o unicórnio – construindo um lugar para viver, ganhando segurança financeira e criando um ambiente amoroso para a criatura mágica prosperar – que a faz florescer no trabalho, reconectar com seus pais e encontrar amor em um vendedor de materiais de construção Virgil. Depois que sua grande apresentação (com brilho adicional) cai, Kit começa a duvidar do unicórnio, mas acaba se deparando com Steve – apenas para deixá-lo ir para outra mulher.
A Loja de Unicórnios termina com Kit e Virgil indo embora da Loja de mãos vazias enquanto um novo cliente entra.
Critica | A Loja de Unicórnios (2019)
Os aspectos práticos da The Store nem são abordados no filme, e por boas razões. Kit recebe vários convites – um deixado sob seu capacho e vários para sua mesa de trabalho – que a levam a uma entrada despretensiosa que esconde um elevador para uma sala expansiva e extravagante de celebração de unicórnio supervisionada por O Vendedor. Há TVs gigantes exibindo várias imagens de unicórnios, áreas de limpeza e muito feno.
Kit revisita a loja várias vezes durante o filme para refletir sobre suas mudanças de vida e obter novas tarefas – em pastas de prata – do vendedor, mas quando ela traz Virgil para explicar sua crença enlouquecida de obter um unicórnio, está deserta e a possibilidade de tudo Isso é um engodo ou uma invenção de sua imaginação, uma maneira de evitar lidar com o mundo real, torna-se muito presente. Mas, contra toda visão racional, ela volta para encontrar o vendedor ali com seu prêmio.
Aparentemente The Store não é em sí uma loja de unicórnios é uma loja onde O Vendedor ajuda as pessoas a perderem a intensidade da vida adulta moderna e oferece a elas uma ponte entre o passado de infância e o futuro mais auto-sustentável. O filme mostra que The Store não é só para Kit, e sim para todos que necessitam de uma interação que faça cair na realidade da vida adulta ao mesmo tempo que faz analogias a unicórnios – assim como muda, no final com o novo cliente.
Claro, como a loja, o unicórnio é real. Estava fisicamente lá, Kit segurou, Virgil viu, não há como evitar isso. É uma coleção de emoções, representando tudo sobre a visão de infância de Kit que ela tem mantido em sua resistência para se tornar um adulto. Seu desapego não é por não ter os meios para cuidar do que é essencialmente um cavalo, é Kit abraçando a existência de seu capricho enquanto aceita que existem outras coisas mais importantes na vida.
O final do filme é uma representação bastante clara do crescimento, de como a ideia de vida adulta é algo que o ponto de vista da criança resiste e, no final das contas, potencializa quando você não está percebendo.
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